Um, Nenhum e Cem Mil
Inauguração Terça-feira, dia 15 de Janeiro entre as 6h30 – 8h30
Exposição na EdgeArts | Arte Contemporânea, Espaço Amoreiras na Rua D. João V nº 24, piso -1
Este projecto explora a tensão entre mudança e constância, identidade e efemeridade. A biologia é utilizada como ponto de partida para o estudo das fronteiras e da fragmentação do corpo humano. A exposição inclui quadros a óleo, peças em madeira, instalação e trabalhos multimedia.
Artistas convidados Beatriz Albuquerque, Deconstructive Theater Project, Glenn Wonnsettler e João Chaves.
Sou feita de muitas coisas. Muitas partes e muitos tipos de partes. Algumas são muito antigas, outras novinhas em folha. Todas as partes de mim vivem em conjunto, trabalham em paralelo, redundância, ignorância ou competição.
Interessa-me a ideia de que cada um de nós é muitos – e que, de momento para momento, mudamos, multiplicamo-nos, convergimos, cooperamos, competimos ou ignoramo-nos a nós próprios. E esta multiplicidade ou descontinuidade ocorre diariamente, mesmo em momentos triviais. A minha casa, o meu estúdio e o meu telefone estão cobertos de notas e lembretes, um esforço sem fim para tentar ligar cada momento ao que vem a seguir, e ao que vem a seguir a esse.
Este trabalho é inspirado em descobertas recentes sobre como o cérebro funciona que ecoam as mesmas ideias de continuidade/discontinuidade. A pintura e o método de transferência (onde a imagem fotográfica é passada para outro substrato, no meu caso, painéis de madeira e papel) formam um paralelo muito interessante com o processo de formar memórias. É um processo lossy: fazemos uma selecção do que queremos recordar ao mesmo tempo que há um nível de noise que garante que alguma informação é perdida e retida aleatoriamente. No passo de desenho ou pintura, o original é modificado e destruído, o paralelo é com o processo de lembrar (ou memory reconsolidation), quando reintrepretamos as nossas memórias ou eus passados criando histórias, enchendo-os de sentido e alterando-os de acordo com a circunstância.
O nome da exposição foi inspirado no livro do mesmo título do Luigi Pirandello.
Este trabalho viajou de Nova Iorque onde foi exposto na Wix Lounge. Veja mais imagens do trabalhos ou a cobertura de imprensa.
The Orpheus Variations is an intermedia performance that tells the story of Orpheus, a grief-stricken musician, who goes on a journey through the sights and sounds of his memories in search of his vanished wife. The project collides live storytelling, live radio play, and live film vocabularies in an excavation of memory and a deconstruction of creative process. Created collaboratively by The Deconstructive Theatre Project, conceived and directed by Adam J. Thompson.
Glenn Wonsettler video 0:46 2012
João Chaves Filme Super8 Ektachrome transcrito para video, ecrã de retro-projeção e barro. Dimensões variáveis. 2010
The Orpheus Variations is an intermedia performance that tells the story of Orpheus, a grief-stricken musician, who goes on a journey through the sights and sounds of his memories in search of his vanished wife. The project collides live storytelling, live radio play, and live film vocabularies in an excavation of memory and a deconstruction of creative process. Created collaboratively by The Deconstructive Theatre Project, conceived and directed by Adam J. Thompson.
Contacto
Joana Ricou
961 154 509
Visitas privadas podem ser marcadas para Sab-Quarta,
dias 12-16 de Janeiro.
Ou envie um e-mail:
Joana Ricou, copyright 2013